segunda-feira, 28 de maio de 2012

Último brinde - Ana Akmátova (1934)



Bebo ao lar em pedaços,
À minha vida feroz,
À solidão dos abraços
E a ti, num brinde, ergo a voz...
Ao lábio que me traiu,
Aos mortos que nada veem,
Ao mundo, estúpido e vil,
A Deus, por não salvar ninguém.


Colaboração de Ramos Sobrinho.



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