Cabelos molhados,
sol encharcado,
pele salgada,
vento nos olhos,
areia nos pés.
O corpo sem peso
é nuvem á-toa.
O tempo inexiste.
A vida é uma boa!
Mergulho na água
azul deste céu.
Sou peixe de ar.
Sou ave de mar.
Mergulho em mim mesmo,
silêncio profundo.
Sou eu e sou Deus
de passagem no mundo,
nadando sem rumo
entre conchas e paz.
In "Sonhos, grilos e paixões"
São Paulo: Moderna, 1995.
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