sábado, 9 de julho de 2011

Cantigas de Fingimento VIII - Ângelo Monteiro


Escrevo como quem nada
sabe dizer, mas dizendo
a mão sinto arrebatada
para o que eu não compreendo:

Mesmo sem saber a estrada
não me entrego nem me rendo. 

Quero dormir. Só o sono
me interessa e nada mais.
Em vão procuro abandono
para o meu corpo sem paz: 

Mas meu invisível dono
minha vontade não faz.

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