terça-feira, 14 de outubro de 2008

Embarcações

Lancei-me jangada ao mar
Como se todo prazer que houvesse
Ali estivesse presente
Lancei-me pequena embarcação
De madeira leve e resistente
Nesse vento que me leva
Nesse vento que me traz
Leva a jangada ao poente
Traz a jangada ao nascente
Mas não leva ao porto, cais
Lancei-me barquinho de papel
Em busca de grande paixão
Os mares oferecidos
Esquecidos sem razão
Lancei-me canoa errante
Sem rota, a deslizar
Nas correntezas gigantes
Sem medo de naufragar
Nesse vento que me leva
Nesse vento que me traz
Leva o barquinho ao poente
Traz, o barquinho ao nascente
Só não leva ao porto, mais.

Wolney Mororó

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