Dá-me a tua mão.
Dá-me a tua mão e partamos pelos ancestrais caminhos
onde o mar outrora colhia os sorrisos da infância.
Dá-me a tua mão neste momento em que já nada
me resta.
Em que todos os dias me conduziram às negras
alamedas de cidades que me eram adversas.
Esqueci as sendas onde a nudez da água
habitava os meus passos.
Perdi-me entre as pedras
julgando garantidas as promessas que imortalizavam
as velhas árvores protectoras dos gestos inseguros.
Por favor.
Dá-me a tua mão.
Fernando Gregório
Fonte: http://interludioemflor.blogspot.com/
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