sexta-feira, 3 de junho de 2011


Dá-me a tua mão.
Dá-me a tua mão e partamos pelos ancestrais caminhos
onde o mar outrora colhia os sorrisos da infância.
Dá-me a tua mão neste momento em que já nada
me resta.
Em que todos os dias me conduziram às negras
alamedas de cidades que me eram adversas.

Esqueci as sendas onde a nudez da água
habitava os meus passos.

Perdi-me entre as pedras
julgando garantidas as promessas que imortalizavam
as velhas árvores protectoras dos gestos inseguros.

Por favor.
Dá-me a tua mão.

Fernando Gregório 
Fonte: http://interludioemflor.blogspot.com/

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