Para o avô de Luciana
Nunca nos cansemos de dizer
das coisas mais belas e boas:
fruta colhida no quintal,
entardecer olhando o céu,
prosear de compadres na calçada,
novena e procissão
no interior. Gente simples
falando com Deus!
Nunca nos cansemos de dizer
dos amores mais fundos e certos:
cabelos brancos,
riso franco, voz cansada
carregando tanta ternura
que parece até que o tempo
multiplica a força do amor em mil,
cada dia...
Nunca nos cansemos de ser
como sonhamos ser quando crianças,
sábios e grandes
porque sabedores das coisas,
conhecedores do Mundo,
amigo das gentes, desde as influentes
às mais simples. E, todas, importantes!
Nunca nos cansemos de ter,
como mirante para olhar o Mundo,
uma despretensiosa cadeira na calçada
e a disposição de conversar e aprender.
Nunca nos cansemos de trabalho e riso,
de abençoar crianças,
de rir-se das brincadeiras desta meninada.
Nunca nos cansemos de sermos a força
do Amor com que asfaltamos nossa estrada...!
3 comentários:
Lindo, Carlos. Muito lindo mesmo.
Esta foto também é belíssima. Em dezembro de 2008, fiquei tocada por esta fotografia e não resisti em dizer algo sobre ela e este senhor maravilhoso que tanta poesia nos deu. Quintana até sem falar nada nos diz muito.
Abraço em Luciana e seu avô.
Abração!
Magna
Muito obrigado, Magna, mas o mérito é todo de Luciana, esta poetisa das estrelas!!!
Beijos!!!
O mérito, Carlinhos, é de Seu Zé Amâncio, que tinha poemas no olhar. Aprendi-os, muito, dos olhos de meu avô. Saudades...
Paz e Bem! Axé!
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