quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TROCAR o Face a Face pelo Facebook? - Jomard Muniz de Brito


Em nome da verdade mais precária
alerto aos navegantes da internet que
tudo não passa de alegria febril da
cineasta Luci Alcântara talvez tentando
tornar-me contemporâneo, ó tolice!
quando muito melhor é ser extemporâneo.
Na condição de IMpaciente de todas
pressões comunicantes fico instigando
a solidão de leituras, caminhadas libertas
do Parque 13 de maio ao Gato Que Ri.
Conversações quase analíticas com
amigos intergeracionais. Precariedade
nas interações digitais. A favor das
palavras de ordem e desordens afetivas.
Não consigo ler poemas nem ensaios,
sem imprimí-los. Biblioteca não suporta
papeis avulsos e compulsivos diários.
LUTAR SEMPRE. DESISTIR NUNCA
no Grito dos Excluídos. Mais bicicletas,
menos automóveis. Alegoria de uma jovem
representando o planeta sem opressões
nem corrupções. Utopia necessária para
transparências. Cidadães exigências.
Ao pensar a poeticidade através de tudo:
das elucubrações (palavra horrenda!)
filosofantes às aliterações desses
íntimos atentados... transparentes?
Desejos desejantes impedem oportunistas
trocatrocas e trocadilhos: dos Partidos
enquanto lojas de conveniência.
Impossível trocar a compaixão vivida
pelo Dalai Lama com o ludismo sapiencial
de Vavá Schön Paulino, tão brasilírico.
Demasiado trocar a poeira cósmica pelo
mapa do céu dos astrólogos. Mais ainda
o outono do medo pelo verão luminoso
das biodiversidades.
Incluir "o bando de tietes da net" no
bandido da luz vermelha de Helena
Ignês Sganzerla.
Maior do que o nome - Glauco César de
Lima e Silva Segundo - o sucesso
arcoverdejante do jovem pianista na
Jornada Literária /Portal do Sertão/SESC-PE.
Jussara Salazar e João Urban
ultrapassando Polônias, Caruarus e
Curitiba para inaugurar travessias
na pele da moça Maria das muitas
Graças, santa e pomba-gira, mistérios
da religiosidade que outros experimentam
desconstruir pela retórica fenomenológica.
Jamais trocar o quase da invenção
pelo talvez das depressões ideológicas.
Conectar o rigor da transparência com
a plena fruição das cidadanias.


Recife, setembro de 2011.

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