Los Maia, o poeta, psicografado por Túlio, o velho
Tarde de domingo.
Podia estar dormindo...
Mas fui visitar meu filho.
No final, despedi-me.
E calmo pela rua sai.
De repente, pasmo: “Gol do Brasil”.
O Brasil jogava na África.
Podia ir para casa...
Mas fui visitar um amigo.
O velho amigo Velho.
Pelas ruas segui.
E ouvi: “Gol do Brasil. Gol do Brasil”.
Cheguei à casa do velho amigo.
Brasil 3, Itália 0.
Perfeito. A Itália não vira mais.
Tomei uns uísques. Tirei a camisa. Declamei uns poemas.
Vladimir Maiakovski, Cecília Meireles, Florbela Espanca, Ferreira Gullar, Alberto Cunha Melo...
Uns poemas meus também... E todos belos!
Aí, meu amigo Velho perguntou:
“Los Maia, Eduardo Maia é não é teu primo?”
Respondi, respondi quase rindo: “Não”.
Mas ele insistiu: “E Geraldo Maia, não é teu primo?”
“Sim. Mas Eduardo Maia não tem nada a ver.”
E expliquei porquê:
Tem os maias da Paraíba
Tem os maias do Rio Grande do Norte
Tem os maias de Portugal
E tem os maias Godos
Tem os maias Visidogos...
Tem os maias do bem e do mal
Tem até os Incas, os Astecas e os Maias...
Logo, o velho amigo emendou:
Mas não esqueça...
Tem os maias dos esgotos
Tem os maias do Eça
Tem maia à beça...
E Tim Maia, que maia é você?
Foi aí, meu amigo, que sorrindo como um anjinho levei um choque.
E virei Karlinhos Maia-Kovski!
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