procura-se
alguma poesia que se solidarize
com minha paixão sem nome,
meus mil naufrágios sem barco.
ainda ontem imaginei ter cruzado
com a solidão na esquina.
senhora magra, altiva
e bem arrumada,olhou-me de revés
e não mo respondeu o "boa noite"...
pensei que isto fosse o fim do Mundo!
qual nada! o Mundo continua...
e eu, cá, sem poesias que me falem...
porque ontem, senhores, a solidão
me negou sua palavra.
2 comentários:
Carlos, bonito poema da poeta Luciana.
Envio para o seu blog um belo soneto do velho poeta Paulo Bonfim.
Abraços
Arsenio
Venho de longe, trago o pensamento
Venho de longe, trago o pensamento
Banhado em velhos sais e maresias;
Arrasto velas rotas pelo vento
E mastros carregados de agonia.
Provenho desses mares esquecidos
Nos roteiros de há muito abandonados
E trago na retina diluídos
Os misteriosos portos não tocados.
Retenho dentro da alma, preso à quilha
Todo um mar de sargaços e de vozes,
E ainda procuro no horizonte a ilha
Onde sonham morrer os albatrozes...
Venho de longe a contornar a esmo,
O cabo das tormentas de mim mesmo
Grande Arsênio!
Belíssimo poema do Paulo Bonfim!!!
Vou publicar no blog!
Grande Abraço!
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