A Carlos Alberto de Azevedo
Tem a cabeça na almofada
e o livro nas mãos (vai deixá-lo).
Daqui a pouco voltará
à Grande Estante, ali tão perto.
Como se isso fosse possível,
vai devolver o fruto à árvore,
por ser difícil devorá-lo
comodamente, no sofá.
Os volumes de cascas grossas
e de almas volumosas, não;
que é preciso subir na escada
alta e magra, para alcançá-los.
E retira da prateleira
(mais baixa) o mais frouxo exemplar,
como quem tira uma pitanga
que se pode colher com a boca.
Volta a repousar a cabeça
na almofada cheia de brisa,
para ruminar o miolo
do zero, o miolo do nada
e o livro nas mãos (vai deixá-lo).
Daqui a pouco voltará
à Grande Estante, ali tão perto.
Como se isso fosse possível,
vai devolver o fruto à árvore,
por ser difícil devorá-lo
comodamente, no sofá.
Os volumes de cascas grossas
e de almas volumosas, não;
que é preciso subir na escada
alta e magra, para alcançá-los.
E retira da prateleira
(mais baixa) o mais frouxo exemplar,
como quem tira uma pitanga
que se pode colher com a boca.
Volta a repousar a cabeça
na almofada cheia de brisa,
para ruminar o miolo
do zero, o miolo do nada
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