O som é como a liberdade.
Ninguém o pode prender,
ninguém pode prescindir dele,
não se pode encarcerá-lo,
porque de todos os lados
ele sai vitorioso.
E não há meios
de ser esquecido,
ou desdenhado,
ou abafado,
ou espezinhado.
E está em toda parte,
menos dentro do mundo
onde vive a morte.
Está nos gritos da criança,
quando nasce
ou quando brinca.
Está nos céus,
no barulho das asas,
que transportam os viajantes
para o reino da esperança.
Está no seio das florestas,
compondo a vida das árvores e
das feras,
que lutam para sobreviver.
Está no murmúrio dos rios,
no canto das aves,
na boca dos trovões,
nos lábios que beijam,
no coração que bate,
nas preces que pedem paz,
nos gritos de escárnio,
no ventre dos órgãos,
nas cordas do violino,
no coração da borboleta,
onde houver vida, enfim,
mas só pode ser ouvido,
Quando se faz silêncio.
4 comentários:
Sou fã das poesias do Gildo, meu saudoso Pai-poeta...
Satisfação receber sua visita no meu blog, Elizabeth. Sinta-se a vontade se quiser mandar mais poesias do seu pai para eu publicar aqui no blog. Meu e-mail: poetacarlosmaia@gmail.com
Poetas do quilate do seu pai é sempre bem-vindo por aqui.
Obrigada...Vc tem razão, o meu Pai era um poeta do mais alto quilate...e , devo acrescentar, um ser humano extraordinário e um Pai muuuuuuuito legal....Obrigada, Carlos Maia, pela oportunidade de publicar poesias dele, as quais merecem ser conhecidas e curtidas...são muito lindas mesmo...Vou mandar algumas pra vc por e-mail....Obrigada mais uma vez, pois ao lidar com as obras dele, sinto-o mais presente ... e isso alivia a saudade que sinto dele...Parabéns pelo seu blog!!!
Obrigado, Elizabeth.
Fico aguardando.
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