sábado, 28 de fevereiro de 2009

Testemunho parte 06.

Isto foi em Agosto de 2006.
Até Dezembro do mesmo ano não bebi
mais nada.
No Natal tomei um cálice de vinho do Porto,
e parei. Pensei estar curado.
No dia 01/01/07 tomei duas canecas de cerveja
(800 ml) e também consegui parar.
Francisco Espinhara morreu na semana
pré-carnavalesca de 2007, Erickson Luna,
outro grande amigo meu, morreu
no dia 19/04/07.
Uns dez dias depois da morte de Erickson
passei 32 dias bebendo direto.
Escapei de morrer 04 vezes.
No dia 20/07/07 entrei para o GAC
(Grupo de Apoio Carismático), da Igreja Episcopal,
de lá até o dia 31/12/08 o máximo de tempo
que eu consegui ficar sem beber
foram 40 dias.
Hoje, 28/02/09, faz exatamente 59 dias que
estou sem ingerir uma gota de álcool no meu organismo!
Quem não é alcóolatra não tem idéia do que
isto significa, mas quem já passou por isso sabe o quanto
é difícil! Pra mim foi mais fácil deixar o vício da cocaína
do que o do álcool.

Carlos Maia.

28/02/09.

4 comentários:

Verônica Aroucha disse...

Carlos, meu irmão. Eu sei o que significa isso! Nunca bebi, mas sinto o quanto é forte seu depoimento. Sinto o quanto lhe dói tantas lembranças, tantas perdas.
O passado não volta - tens agora o melhor dos presentes: o hoje que te sustenta com um caule dos mais fortes; não te deixa abater com chuvas e correntes. Sigas firme, Ele sempre acreditou na tua força de caráter.
Abraço de paz.
Verônica

Carlos Maia disse...

Obrigado, Verônica, pela sua força!
Você não sabe o quanto é importante para a gente escutar palavras como estas, que nos encorajam nesta caminhada!

Beijo Grande!

Carlos Maia.

Mateus Santos disse...

Olá, Carlos Maia.
Transcorridos 5 dias após conhecer você na Av. Rui Barbosa, somente agora descobrir a grande dor que você está passando e o "desvio" que você está utilizando para superar.
Não sei o que é a dor de perder um amigo, pois sou uma pessoa de pouca amizade, mas sei a grande dor de perder alguém querido, meu avô. Ele passou para outra vida seis anos atrás e até hoje olho para as fotos do meu avô e recordo de tantos momentos áureos que nós passamos juntos, sinto falta dele até hoje.

Carlos, eu estou tentando dar algumas palavras de conforto, mas até agora eu acho que não consegui. Nossa vida é uma pequena caixa onde dentro há mistérios e muitos mistérios e para desvendar é necessário muita força de vontade, sei que sua vida não está nada fácil, mas amigo tente superar, como seu pai disse e que até hoje você não esqueceu a grande pérola: perseverança, essa sim é a grande palavra.

Você é um grande cara que eu conheci no ônibus e que para muitos você parecia um pateta, mas uma coisa eu digo, foi uma das melhores conversas que já tive, muito obrigado por ter aparecido na minha vida.

Abraço cara, e superação.

Poeta Carlos Maia disse...

Mateus, vc não tem idéia da força que as suas palavras me deram!

Obrigado, cara! E o prazer foi meu em conhecer um ser humano sensível como vc!

Grande Abraço!