A África negra
Desfila com seus balaios
Em uma cidade qualquer
Desta América miserável.
Uma mulher sorrí
Vendendo tapioca e negobom
No quintal das oficinas
As crianças perdem o frescor
A cidade semana acordada
Adormece aos domingos,
Na madrugada suja
Os solitários usam Ferrari
Os solidários, os pés no chão
Na outra margem da rua
Os anjos perseguem os bêbados
Com seus canivetes afiados
A linda cidade
Transforma-se num feroz animal
A pele escamada e cinza dos becos
Os vêem passar sombrios
Os luminosos perdem as cores
Das janelas dos sobrados
As mães com os olhos marejados
Sem favónios ou arpejos
Esperam os filhos,
Uma espera em vão.
Desfila com seus balaios
Em uma cidade qualquer
Desta América miserável.
Uma mulher sorrí
Vendendo tapioca e negobom
No quintal das oficinas
As crianças perdem o frescor
A cidade semana acordada
Adormece aos domingos,
Na madrugada suja
Os solitários usam Ferrari
Os solidários, os pés no chão
Na outra margem da rua
Os anjos perseguem os bêbados
Com seus canivetes afiados
A linda cidade
Transforma-se num feroz animal
A pele escamada e cinza dos becos
Os vêem passar sombrios
Os luminosos perdem as cores
Das janelas dos sobrados
As mães com os olhos marejados
Sem favónios ou arpejos
Esperam os filhos,
Uma espera em vão.
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