Ao espelho no seu mundo patético
Nem mais um petardo o desperta
Nem a espera renitente por algo
De alguém que pintou outra aquarela.
O desmantelo da vida o conduz
Para as calçadas sujas e medonhas
Para o banho em águas escuras
Para a noite longa e tristonha
Agachado contempla as estrelas
Relâmpago do sorriso de uma sereia
No seu coração indigente em agonia
Mas o sangue em cruz pelas calçadas
Mancha a torre azul da catedral
Mancha os trilhos de nossa alma.
Foto: Carlos Maia.
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