sexta-feira, 20 de maio de 2011


Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo
de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a natureza produziu.

Alberto Caeiro

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