Erguem-se visagens fúnebres do lábio
como batráquios terríveis na atmosfera.
Pelo Saara azul da Substância
caminha um verso cinza, um dromedário
Fosforesce um esgar de pesadelos cruéis.
E o cego que morreu repleto de vozes
de neve. Madrugar o poeta , o nômade,
é um dia áspero para ser homem.
As Horas seguem febris e abortam
nos ângulos rubros séculos de ventura.
Quem corta o fio, quem desfaz
impiedosamente os nervos,
cordéis já gastos, na tumba?
Amor! E tu também. Pedras gastas
se delineiam na tua máscara que se rasga
Contudo, a tumba é
um sexo de mulher que conquista o homem!
(Trad. Jorge Henrique Bastos)
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