domingo, 4 de julho de 2010

Canção do dia de sempre - Mário Quintana.



Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

2 comentários:

Anônimo disse...

E pensar qeu Carlos, que durante algum tempo, a crítica literária" colocava Quintana como Poeta menor...

Ele, em minha opinião, está entre os dez mais da Poesia brasileira do século XX e pelo visto do XXI. Abraços do Arsenio

Poeta Carlos Maia disse...

Com certeza, Arsênio, eu diria não só da poesia brasileira, mas da poesia na língua portuguesa, ao lado de Drummond, Pessoa, Leminski, Bandeira, Cecília Meireles, Cora Coralina, entre outros...