quinta-feira, 8 de julho de 2010


no exílio onde padeço angústia os muros invadem

minha memória atirada no Abismo

e meus olhos meus manuscritos meus amores

pulam no Caos


Roberto Piva, 1937 – 2010.

foto: Henri Cartier-Bresson


P.S.: Nunca me identifiquei tanto com uma frase de um escritor

como essa.(Carlos Maia)

2 comentários:

Anônimo disse...

Carlos, justa a evocação a Roberto Piva.

Levitou.

Mas foi um Poeta capaz de avançar contra o ritualismo do tédio com uma linguagem fundada no deslocamento, na verticalidade e na pluralidade.

Ao lermos os poemas de Piva, antes de entendermos os versos, sentimos que com eles uma parte de nós - antes sedimentada - lançou-se para uma zona de prazer e surpresa. Ou impacto.

Eis o legado de Piva, na minha opinião.

Abraço do

Arsenio Meira Júnior

Poeta Carlos Maia disse...

É essa a impressão que eu tenho também, Arsênio!

Grande Abraço!