Não há muito o que fazer
numa noite chuvosa
expor as faces à neblina
um apito vem do cais
Recife nasceu de um porto
dizia uma professora
É tudo o mesmo
à porta da minha casa
e a noite morre mais quando chuvosa
Àqueles
que atravessam tempestades
pra os quais viver
não é muito mais que um navegar
a noite em chuvas
não lhos faz dormir mais cedo
se fazem à terra
alheios ao cansaço
e há sempre vida na zona do cais
Há no entanto
o que não sonha
nem navega externamente
contudo o tédio
não lho toma a consciência
pensa
entre a insônia
e o não ter o que fazer
fuma um cigarro
olhando a chuva
ouve apitos
e a fumaça
se esparsa entre a neblina
numa noite chuvosa
expor as faces à neblina
um apito vem do cais
Recife nasceu de um porto
dizia uma professora
É tudo o mesmo
à porta da minha casa
e a noite morre mais quando chuvosa
Àqueles
que atravessam tempestades
pra os quais viver
não é muito mais que um navegar
a noite em chuvas
não lhos faz dormir mais cedo
se fazem à terra
alheios ao cansaço
e há sempre vida na zona do cais
Há no entanto
o que não sonha
nem navega externamente
contudo o tédio
não lho toma a consciência
pensa
entre a insônia
e o não ter o que fazer
fuma um cigarro
olhando a chuva
ouve apitos
e a fumaça
se esparsa entre a neblina
2 comentários:
Erickson Luna. Outro dia, no site de Geraldo Maia, vi uma foto dele, antiga. Geraldo ainda tinha cabelos. Sorrindo, felizes. Eita Erickson faz muita falta. Sua poesia ecoa nas ruas de Recife. E você é um dos poucos privilegiados que sabem traduzí-la tão bem.
Abração
Duda.
Eu vi a foto, Geraldo ainda tinha cabelo e Luna ainda tinha dente. Ele faz muita falta mesmo, Duda, mas sua obra permanece. O que é que nós somos, de onde viemos e para onde vamos...São perguntas que não querem calar. É difícil encontrar uma resposta longe de Deus. Obrigado pelo elogio. Sinto falta dos seus poemas no seu blog, tem escrito? Hoje fui à Jaqueira e fiquei pensando que lá é um ótimo lugar para se fazer uns recitais de poesia, diga lá, o que vc acha?
Abração!
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